domingo, 20 de novembro de 2011

Filipa Pato (ensaios tinto) 2008. Touriga Nacional (30%) Alfrocheiro (35%) Baga (35%).




# As Uvas:
Como trata-se de um vinho de corte (elaborado com dois ou mais tipos de uva), darei apenas uma breve pincelada em cada uma, pra não deixar nenhuma passar em branco. TOURIGA NACIONAL: É a casta mais nobre de Portugal e também a mais conhecida. É originária da região do Dão, mas está presente por todo o país. Em outros países (inclusive no sul do Brasil) também é cultivada. Em breve abrirei minha garrafa do ANGHEBEN 100% Touriga Nacional (vinho nacional) e postarei por aqui. ALFROCHEIRO: Casta que dá bastante cor e aroma frutado aos vinhos que produz. É muito suscetível à podridão, e por isso, pode resultar em vinhos de baixa qualidade, caso não receba o tratamento necessário. BAGA: Portuguesa, típica da região da Bairrada (onde esse vinho é elaborado). Essa casta tem como seu defensor, o genial Luís Pato, que é pai da Filipa Pato - produtora desse rótulo-. Luís Pato é o responsável pelo aperfeiçoamento da baga. É impossível citar essa região (Bairrada) e essa uva (Baga) sem mencioná-lo. Brevemente também postarei sobre seus vinhos por aqui, mas se você estiver lendo esse post e ainda não ouviu falar nada sobre esse cara...pode procurar por algum vinho dele (importados pela Mistral) que com certeza lhe agradará bastante.

# O Vinho:
Foi escolhido por ser português e por ser da família "Pato". Eu ainda estava (na época em que o tomei) consumindo apenas portugueses. Por alguns meses fiquei apenas nos "portugas" por opção, pra estudar melhor suas uvas e produtores. Felipa Pato é uma premiada enóloga e produz ótimos vinhos, daqueles que podemos sempre ter um exemplar guardadinho na adega. Ela realmente soube seguir os passos do pai e vem fazendo um ótimo trabalho. Merece todos os elogios pela seriedade e dedicação. É a princesa da região da Bairrada. Esse vinho não passa por madeira, com objetivo de ressaltar o sabor das frutas que o compõem.

#Harmonizou com: Pato Assado.

# O que diz o fabricante: "Quando iniciei o meu projecto há uns anos atrás, comecei por chamar “Ensaios” por ter em mente descobrir os diferentes locais (terroir na língua de Napoleão) da região que me viu nascer. Partindo do estudo das diferenças no solo, micro-climas, exposição solar, idade da vinha, densidade de plantação, poda e trabalhos variados de viticultura… Sinto que hoje tenho o privilégio de ter criado uma base de conhecimento que me permite entender o maravilhoso puzzle que a nossa região nos oferece." (palavras da própria Filipa em seu site).

# O que dizem por aí: "Cor amora madura com reflexos violáceos uma mistura de rubi com violeta. Bastante frutas vermelhas e sutil aroma de pinheiro e capim seco..." /// "Bem equilibrado. Suporta tanto um beber descompromissado para jogar conversa fora quanto para acompanhar uma refeição, desde que não cometa o mesmo erro que eu e o faça acompanhar uma comida mais picante." (Vânia Predebon e Alano - no site enoteca.com.br).

# O que eu digo: Gostei muito. Fez sucesso quando foi aberto. Foi a terceira garrafa da noite e "acabou" com a reputação dos dois que tinham sido abertos antes dele...rsrsrsrs (um português normalzinho e um chileno fraquíssimo que mais me parecia "suco de pimentão").
É um vinho bonito de se ver, agradável de se cheirar e melhor ainda de se tomar...ótimo sabor! Recomendadíssimo pra tomar entre amigos na hora do bate papo. Representa Portugal muito bem. Obviamente que não chega a ser um ícone, mas é sim, um dos melhores portugueses que já tomei e me despertou a vontade de experimentar o "ensaios branco", o que pretendo fazer o mais rápido possível. Evolui na taça e só foi ficando mais agradável. Pena que só tinha uma garrafa.

#Valor: R$ 50,00 // #Nota: Não vou dar mais notas aqui. Estou achando isso meio burocrático...hehehe. Se fosse comparar com as notas anteriores (quando eu era mais bonzinho e menos experiente), esse merecia um 10....rsrsrs!!!